quarta-feira, 25 de julho de 2012

Beethoven



Ludwing Van Beethoven foi batizado em 17 de Dezembro de 1770, tendo nascido presumivelmente no dia anterior, na atual Renânia do Norte, Alemanha. Sua família era de origem flamenga, cujo sobrenome significava horta de beterrabas e no qual a partícula van não indicava nobreza alguma. Seu avô, Lodewijk Van Beethoven - também chamado Luís na tradução -, de quem herdou o nome, nasceu na Antuérpia, em 1712, e emigrou para Bonn, onde foi maestro de capela do príncipe eleitor. Descendia de artistas, pintores e escultores, era músico e foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte da cidade de Colónia. Foi dele que Beethoven recebeu as suas primeiras lições de música, o qual o pretendeu afirmar como menino prodígio ao piano, tal seria a facilidade demonstrada desde muito cedo para tal. Por isso o obrigava a estudar música todos os dias, durante muitas horas, desde os cinco anos de idade. No entanto, seu pai terminou consumido pelo álcool, pelo que a sua infância se manifestou como infeliz.

Sua mãe, Maria Magdalena Kewerich (1746-1787), era filha do chefe de cozinha do príncipe da Renânia, Johann Heinrich Keverich. Casou-se duas vezes. O primeiro marido foi Johann Leym (1733-1765). Tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764. Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou-se com Johann van Beethoven (1740-1792). Tiveram sete filhos: o primeiro, Ludwig Maria, que nasceu e morreu no ano de 1769; o segundo Ludwig van Beethoven (1770-1827), o compositor, que morreu com 56 anos; o terceiro, Kaspar Anton Carl van Beethoven(1774-1815) que também tinha dotes para a música e que morreu com 41 anos; o quarto, Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), que se tornou muito rico, graças à indústria farmacêutica, e que morreu com 72 anos; a quinta, Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779; o sexto, Franz Georg(1781-1783), que morreu com dois anos de idade e a sétima, Maria Magdalena (1786-1787), que morreu com apenas um ano de idade. Portanto, Beethoven — que foi o terceiro filho da sua mãe e o segundo do seu pai — teve sete irmãos, quatro dos quais morreram na infância. Quanto aos irmãos vivos, Beethoven foi o primeiro, Kaspar foi o segundo e Nicolaus foi o terceiro.
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da cidade,[3] que lhe deu uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que seu discípulo, de dez anos, dominava todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e que o apresentava como um segundo Mozart. Compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieder. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai - alcoolismo. Foi nesse ano que conheceu o jovemConde Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte de sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade, teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego, devido ao seu já elevado grau de alcoolismo.
Foi o regresso de Viena que o motivou a um curso de literatura. Foi aí que teve o seu primeiro contacto com Ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com um movimento literário romântico: Sturm und Drang - Tempestade e Ímpeto/Paixão; dos quais, um dos seus melhores amigos, Friedrich Schiller, foi, juntamente comJohann Wolfgang von Goethe, dos líderes mais proeminentes deste movimento que teria uma enorme influência em todos os setores culturais da Alemanha.

Em 1792, já com 21 anos de idade, muda-se para Viena onde, afora algumas viagens, permanecerá para o resto da vida. Foi imediatamente aceito como aluno porJoseph Haydn, o qual manteve o contacto à primeira estadia de Ludwig na cidade. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas comAntonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro de capela na Catedral de Santo Estêvão. Tornou-se então um pianista virtuoso, cultivando admiradores, os quais muitos da aristocracia. Começou então a publicar as suas obras (1793-1795). O seu Opus 1 é uma colecção de 3 Trios para Piano, Violino e Violoncelo. Afirmando uma sólida reputação como pianista, compôs suas primeiras obras-primas: as Três Sonatas para Piano Op.2 (1794-1795). Estas mostravam já a sua forte personalidade. 


Surdez em Viena


Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.

Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.

Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, usou cornetas acústicas, realizou balneoterapia, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.


 Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. 
Só a arte me amparou! 

 — Ludwig van Beethoven, inTestamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802

Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.


Vida Artística

A sua vida artística poderá ser dividida - o que é tradicionalmente aceitado desde o estudo, publicado em 1854, de Wilhelm von Lenz - em três fases: a mudança para Viena, em 1792, quando alcança a fama de brilhantíssimo improvisador ao piano; por volta de 1794, se inicia a redução da sua acuidade auditiva, fato que o leva a pensar em suicídio; os últimos dez anos de sua vida, quando fica praticamente surdo, e passa a escrever obras de carácter mais abstrato.


Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo caminho": a sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituida por: "à memoria de um grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita até então.

Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.
Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do século.[carece de fontes]

Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.

Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. A partir de Beethoven a música nunca mais foi a mesma[carece de fontes]. As suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários[carece de fontes]. Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia muitos críticos o consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a adjetivação de "gênio".A sua vida artística poderá ser dividida - o que é tradicionalmente aceitado desde o estudo, publicado em 1854, de Wilhelm von Lenz - em três fases: a mudança para Viena, em 1792, quando alcança a fama de brilhantíssimo improvisador ao piano; por volta de 1794, se inicia a redução da sua acuidade auditiva, fato que o leva a pensar em suicídio; os últimos dez anos de sua vida, quando fica praticamente surdo, e passa a escrever obras de carácter mais abstrato.

Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo caminho": a sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituida por: "à memoria de um grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita até então.

Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.

Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do século.
Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.

Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo caminho": a sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituida por: "à memoria de um grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita até então.

Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.

Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do século.
Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.


Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. A partir de Beethoven a música nunca mais foi a mesma[carece de fontes]. As suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários[carece de fontes]. Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia muitos críticos o consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a adjetivação de "gênio".


Obras



Túmulo de Ludwig van Beethoven em Viena,Áustria.
  • Nove sinfonias, dentre elas a Nona, sua última sinfonia, a que mais se consagrou no mundo inteiro
  • Cinco concertos para piano
  • Concerto para violino
  • "Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo e orquestra
  • 32 sonatas para piano (ver abaixo relação completa das sonatas):
  • 16 quartetos de cordas´
  • 1 septeto de cordas para piano
  • Dez sonatas para violino e piano
  • Cinco sonatas para violoncelo e piano
  • Doze trios para piano, violino e violoncelo
  • "Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, entre as quais a famosíssima Bagatela para piano "Für Elise" ("Para Elisa")
  • Missa em Dó Maior
  • Missa em Ré Maior ("Missa Solene")
  • Oratório "Christus am Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras")
  • "Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e orquestra
  • Aberturas
  • Danças
  • Ópera Fidelio
  • Canções



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Por entre os sons da música


Por entre os sons da música, ao ouvido
como a uma porta que ficou entreaberta
o que se me revela em ter sentido
é o que por essa música encoberta




 Acena em vão do outro lado dela
 e eu sinto como a voz que respondesse
 ao que em mim não chamou nem está nela,

 porque é só o desejar que aí batesse.

                                                                                                    Vergílio Ferreira


quinta-feira, 12 de julho de 2012

HISTÓRIA DA TROMPA ( FRENCH HORN )





Origem da trompa


A história da trompa começa há milhares de anos, quando o homem aprendeu a usar chifres de animais como instrumento. Quando  passou a forjar metais, o instrumento deixou de ser feito de chifre e passou a ser feito de metal. O tubo ganhou extensão, ficando enrolado para ser mais compacto. 

As primeiras trompas se destinavam mais para outros fins do que à execução musical, como para amplificar e distorcer a voz, gritando ou falando através delas, e para anunciar decretos e ajuntar as pessoas em ocasiões solenes ou religiosas.


Entre os povos mais antigos, como os egípcios, época em que o homem aprendeu a fazer instrumentos feito de chifres, madeira, caules e marfim. Passou também pelos povos etíopes, hebreus, gregos e indianos.

Na idade média, a trompa de caça (corno di caccia) era usada pelos caçadores como uma forma de comunicação e sinalização dentro da floresta. O instrumento não passava de um tubo metálico enrolado, com um pavilhão numa extremidade e o bocal na outra. Mais tarde, descobriu-se por acaso que, ao colocar-se a mão obstruindo parcialmente a campana, todos os sons baixavam meio tom, ampliando a gama de sons possíveis na época.

No século XIX o engenheiro alemão Heinrich Stoetzel (1780-1844) teve a idéia de adicionar válvulas que modificavam o caminho percorrido pelo ar dentro do instrumento, alterando a nota emitida. Em um documento datado de 06 de dezembro de 1814, Stoetzel solicita ao Rei da Prússia, Frederich William III, permissão para o uso da trompa à válvula nas bandas militares dos regimentos da corte. Essa mudança demorou a ser acatada pelos compositores, que preferiam a trompa de caça, de som mais puro. 

Os judeus ainda hoje usam o shofar, um chifre de carneiro oco com um orifício, que serve de bocal. Esse instrumento é usado nas ocasiões solenes, sendo que seu som tem um significado religioso para os hebreus.



A evolução da trompa

Durante séculos, trompas feitas de osso e madeira fizeram parte das culturas antigas, como as dos gregos e etruscos. Um dos ancestrais da trompa na Europa é o olifante, instrumento de sopro árabe feito com uma presa de elefante oca e adornada, que foi dado de presente ao rei dos francos, Carlos Magno. 

A trompa atual deriva de um instrumento de caça do século XVII, o cor de chasse (em francês, chifre de caça). Era composto por apenas um tubo, de formato redondo, que terminava em amplo pavilhão. As notas dependiam de seu formato e comprimento, e ele não tocava melodias complexas. Assim, as trompas só eram usadas na composição musical quando a intenção era imitar o ambiente de caça. 



Quando, no século XVII, a trompa foi incrementada com mais tubos e roscas, ficou possível alterar os sons. Ela começou a fazer parte da Orquestra Imperial de Viena em 1712 e descobriu-se que, ao colocar uma das mãos no pavilhão do instrumento, era possível alterar a nota original – é a origem da surdina. Já no início do século XVIII foram compostas peças que previam a trompa, como o Concerto de Brandenburgo nº 1 de J.S.Bach. 

A maior inovação da trompa se deu em 1815, com a inclusão de válvulas no tubo principal. Inicialmente duas, depois três, as válvulas combinadas permitem um alcance maior de notas, além da execução de melodias cromáticas. Hoje em dia, os avanços acontecem no material usado em sua produção e na parte mecânica. 


Trompa dupla

A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais.
Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento. Há quem diz que pode chegar a medir 5 metros. É ligeiramente cônico, com um bocal numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de três ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona as chaves com a mão esquerda, e com a mão direita dentro do pavilhão ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento, e é pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula, e do sopro (e, às vezes, sucção) do trompista que as notas são produzidas em diferentes alturas e timbres. É um instrumento dificílimo de tocar: o trompista não só tem que ter um ouvido afinadíssimo e saber solfejar com precisão, como também tem que ter uma coordenação motora perfeita para controlar os músculos da mão direita e a própria respiração. 
O timbre da trompa é o mais rico em harmônicos, assemelhando-se muito à voz humana. A mão dentro da campana permite uma enorme variedade de timbres.
Trompas aparecem nas 10 últimas sinfonias de Haydn e Mozart, em todas as 9 de Beethoven, nas 4 de Schumann, nas 4 de Brahms, nas 6 de Tchaikovsky, nas 9 completas de Mahler. A partitura da Segunda Sinfonia de Mahler exige dez trompas.





Cornu e Buccina

Estas duas trompas, usadas no tempo dos romanos, são freqüentemente confundidas ou apresentadas como sinônimos uma da outra, mas segundo Sibyl Marcuse as suas funções eram bem diferentes: o cornu era usado para fins militares, cerimonias fúnebres e também no circo. A buccina era usada pelos pastores, mas também servia para indicar as horas do dia à população.
O cornu tinha um longo tubo metálico (com cerca de 3 metros), de perfil estreito e cônico, com a forma da letra "G . Uma barra transversal de madeira servia para dar solidez ao instrumento, servindo simultaneamente de suporte. Em relação à buccina não existem elementos suficientes para identificar convenientemente a sua forma.


Lur

Remontando ao final da idade do Bronze, o lur é uma trompa integralmente fundida em Bronze, cujo comprimento geralmente oscila entre o 1,80 e os 2,50 m. Este instrumento tem sido encontrado com frequência em escavações no norte da Europa, em particular na Dinamarca. 
Geralmente encontrados aos pares, e enterrados em turfeiras.






Trompa wagneriana


A trompa wagneriana é um instrumento musical de sopro, do grupo dos metais, que combina elementos tanto da trompa quanto da tuba. Foi inicialmente criado para o ciclo O anel doNibelungo de Wagner. Desde então, outros compositores escreveram para ela, incluindo Anton Bruckner, Arnold Schoenberg, Richard Strauss, Igor Stravinsky, Béla Bartók, Edgard Varèse, Felix Draeseke, Ragnar Søderlind, Elisabeth Luytens e Stephen Caudel.
Wagner foi inspirado a criar este instrumento após uma breve visita a Paris em 1853, quando ele visitou a loja de Adolph Sax, o inventor do saxofone. Wagner queria um instrumento capaz de entoar o motivo do Valhala de um modo sombrio como o trombone, mas de uma maneira menos incisiva como uma trompa. Nos seus trabalhos de oruqestração, Wagner se ressentiu de que não havia um instrumento intermediário entre as trompas e o trombone, assim como entre as cordas existe a viola, que fica a meio termo entre o violino e o violoncelo; daí foi inventada a trompa wagneriana.
A trompa wagneriana existe normalmente em dois tamanhos, tenor em si bemol e baixo em fá.

  Trompa Alpina

Era usado pelos pastores da época para se comunicar, além de fazer música. 
É rectilíneo e de grandes dimensões, podendo atingir os quatro metros de comprimento. É feito de madeira oca de Abeto, terminando numa campânula ligeiramente virada para cima.
É facilmente comparável ou originário da forma do corno (chifre) dos animais. O som da Trompa é produzido pelo som da vibração dos lábios apoiados no bocal.
Segundo a documentação histórica da Suíça Central antiga, a Trompa dos Alpes, chamada na altura de Buchel, era usada pelos pastores da época com várias finalidades: produzir música, comunicarem entre eles e para reunirem as vacas nas pradarias dos Alpes e mantê-las calmas durante a ordenha.
Nos dias de hoje, o instrumento é construído com objectivos diferentes: tocar nos festivais de canto tiroleses, é utilizado em competições de luta suíça e para entreter os turistas.
Diz a história, que enquanto algumas raparigas francesas brincavam dançando o Cancan, os suíços orgulharam a sua cultura exibindo e fazendo soar, com grande força e vigor, o seu instrumento.


Nomenclatura da Trompa em vários idiomas

Mexicano: El corno

Espanhol: La trompa

Alemão: Das horn

Italiano:  Corno

Dinamarquês: Horn

Russo: Valtorna

Português: Trompa

Fontes: Wikipédia , Concertino, museu da música e CSR.

ESTUDAR MÚSICA

Você já percebeu, em algum momento, um bebezinho dançando? Isto mesmo!
Tive esta oportunidade linda muitas vezes! Bebezinhos envoltos nos braços de seus pais, ou avós...tios... irmãos...Ao ouvirem o som de alguma música, eles pulam, mexem os bracinhos, as perninhas... alguns olham ao redor procurando algo que lhe chamaram a atenção. Fico impressionada com isto.
Lembro dos meus filhos, bebezinhos, no meu colo. Mal conseguiam sentar sozinhos, mas estavam lá; dançando ao som da música que ouviam.
Música!!!!!
Como é linda!
Ela é capaz de exprimir o sentimento mais profundo do ser humano. Não necessita de palavras para isto!
A música está presente na natureza, no canto dos pássaros, no correr das águas do rio entre as pedras... nas ondas do mar...Nas folhas que caem da árvore, no soprar do vento! 
A música encanta, fascina.
O filme " O Som do coração" August Rush, ilustra como a música é envolvente. Um menino que ama a música, e sente, que através dela, encontraria seus pais. Em um determinado instante, ele pára.
E em meio um trânsito intenso de pessoas, carros...Sons de uma cidade em pleno movimento, ele tem a sensibilidade de criar uma linda música.

Meu primeiro contato com a música, foi aos 12 anos. Meu pai me ensinou os primeiros acordes de um violão. Ré maior. Como esquecer? Muito curiosa ficava horas tocando aqueles acordes. E outros vieram. Dó maior, Ré menor... enfim...Meu pai tinha um método de violão clássico em casa, onde eu pude ter o prazer de estudar. Em seguida, tive oportunidade de conhecer instrumentos de sopro. Me apaixonei por eles.
Hoje toco trompa. É um instrumento de sopro da família dos metais. Sou suspeita, mas posso dizer com certeza, que não é um instrumento fácil de tocar. Exige muita dedicação. Preciso estudar diariamente se quiser obter um som limpo e agradável. É um desafio pra mim! Há quem a chama carinhosamente de FERA! Para domar esta fera, é necessário muita determinação, paciência, e particularmente, amor pelo instrumento.
Dos instrumentos de sopro, a trompa é a que possui o maior número de harmônicos, podendo ser comparado à voz humana.

Não podemos nos dedicar apenas na teoria, a prática diária do instrumento é fundamental. Muitas vezes me pego desanimada, pensando em desistir. As dificuldades aparecem. De várias formas! Dificuldades financeiras, emocionais, limitações físicas... Enfim...Mas o amor que tenho pela música, não me deixa.
A música é criação de Deus! Acho que é por isto que ela é tão misteriosa, tão linda, tão...Mágica!
Muitas vezes, me deparo com partituras complicadas, para o meu nível de aprendizado. Ainda sou iniciante neste instrumento, mas fico ansiosa querendo tocar esta partitura. São tantos adornos, semicolcheias, fusas, e sustenidos e bemóis juntos... Mudanças de clave, de tons, formas de compassos!!!
MAS TUDO ISTO É LINDO DEMAIS! Assusta no primeiro contato, mas conforme eu vou lendo a partitura com calma, me concentrando nela, apenas nela, vou descobrindo o quanto essa música é maravilhosa!

Cora Coralina expressou:
"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar..."


A música é tudo isto!